terça-feira, 27 de março de 2012

Buenos Aires

O sol ilumina nossos olhos que se abrem quase que ao mesmo tempo. O ar gélido nos lembra onde estamos. Olho pro lado e lá está você, deitado daquele seu jeito, preguiçoso e perfeitamente relaxado. Nosso sorriso ao nos olharmos só comprova o quanto tudo valeu a pena, e o beijo demorado de bom dia me faz lembrar do quanto eu quis isso pra mim, assim, de pertinho. Como só aconteceria com a gente, o beijo de bom dia carregado de ternura passa a valer-se da mais perfeita luxúria, que só dois pecadores natos, e portanto humanos, conseguiriam suportar. A respiração ofegante e o toque firme nos levam a um jogo de pernas, olhares e gemidos. Após o ápice da manhã, deitamo-nos lado a lado, tentando escolher onde iremos comer aquele delicioso café. Tento dizer o nome dos restaurantes no meu portunhol enrolado, e você sorri com essa luminosidade toda sua. Tomamos nosso banho, vestimos casacos e partimos a pé para o nosso desjejum. Você escolhe o lugar, e ao sentarmos nos olhamos. Acredito que toda vez que nossos olhares se cruzam, lembramos do quão felizes e tranquilos estamos. Lembra, de todos os planos de viagem? Pois então, eles estão aqui, acontecendo. Isso tudo se traduz num olhar, momentâneo e intenso. Tiro meus olhos do seu e sorrio, tentando olhar quais salgados e doces existem no recinto. Você sabe como me demoro para decidir. Deliciamos esse café argentino com ar europeu, e saímos pelas ruas com olhares brilhantes e apaixonados. Depois de todo esse tempo, ainda apaixonados? Sim. De mãos dadas, ou com a sua mão na minha cintura - que eu particularmente prefiro - assistimos a cada prédio e arquitetura antiga que passa por nós. Aquele show de tradição e beleza, com ar geladinho e sol. Te faço mil perguntas sobre o lugar, os costumes e a língua. Você sempre rindo do meu portunhol, com esse ar de sabedoria só seu, que me faz apaixonada e sua. Sua, aqui e em qualquer lugar do mundo - ou da nossa cama.  

                                                               Continúa...

Natália Ponse

quinta-feira, 22 de março de 2012

Aprendendo a jornalistar: "Pouca opção de entretenimento em São Roque faz com que jovens procurem alternativas em Sorocaba"


De acordo com os entrevistados, falta diversidade e
inovação nas noites são-roquenses

Paloma Melo, 19 anos, prefere as baladas de Sorocaba por terem uma estrutura mais elaborada
Paloma Melo, 19 anos, prefere as baladas de
Sorocaba por terem uma estrutura mais elaborada
            “Aqui em São Roque, se não for pelos eventos muitas vezes um tanto que mercenários, não temos outras opções de lazer”. O desabafo é do estudante de Marketing Willian Eduardo, 22 anos. Ele e outros tantos jovens se sentem prejudicados pela falta de opção no que diz respeito a shows e eventos na cidade de São Roque. Atualmente as únicas opções são os chamados “barzinhos” de rock, casas noturnas que só se atém ao sertanejo universitário e à baladas temáticas anuais.
O pedido é de baladas e shows que vão além do rock e do sertanejo. Para Paloma Mello, de 19 anos, a cidade de Sorocaba abriga essas opções, e vale à pena viajar os trinta minutos. Segundo a estudante de Direito, além de outros tipos de música, as casas em Sorocaba também são mais ventiladas, e a entrada quase sempre é mais barata. “Às vezes o preço é o mesmo que em São Roque, mas mesmo assim vale a pena pela qualidade do lugar e pela diversidade do público”. Uma das reclamações também é o fato de sempre se encontrar as mesmas pessoas todos os finais de semana.
Por isso o estudante de engenharia, Henrique Barros, também de 19 anos, busca outros lugares para se divertir, principalmente no carnaval. Para ele, São Roque é “cidade para gente velha”.  Nas palavras de Henrique, “só pelo fato de não dar de frente com aquela pessoa indesejável, ou até conhecer gente nova, gente bonita, ‘carne fresca’, vale a pena ir até outra cidade”.
Já os donos das casas de entretenimento em São Roque, é claro, pensam diferente. Amilton Toledo, sócio fundador da Pizza-Bar “V8”, não concorda com os depoimentos acima, e por telefone declarou que sua programação é variada. “Apresentamos shows com o rock, o samba, a MPB e o reggae, que atraem pessoas mais tranquilas, o que garante um show divertido e sem brigas”. Quanto às novidades que os jovens tanto sentem falta, Amilton revela que não dá para agradar a todos, mas que busca sempre novidades dentro dos estilos musicais apresentados na casa. Willian, o entrevistado do começo da matéria, dá uma sugestão. “Deveriam fazer como a cidade de Votorantim, que todo ano realiza uma festa junina que traz sempre diferentes artistas de diferentes estilos musicais, cobrando um preço simbólico para que todos possam ter acesso à diversão”, diz.

Natália Ponse

quinta-feira, 1 de março de 2012

Aprendendo a jornalistar: Resumo do texto “Evitando Plágio”, de Ken Kirkpatrick

Como toda boa jornalista eu (adivinhe!) escrevo muito. Na faculdade, no trabalho e por conta. Tenho ótimos professores, de fazer inveja a qualquer federal. Alguns são passageiros, outros eternos. De qualquer forma, agradeço a todos por me ensinarem o que aprenderam, tenho orgulho de aprender com vocês. 


A partir de hoje (e sempre que lembrar) irei postar alguns textos meus, eles podem ser do trabalho, da faculdade ou pura inspiração. Agora vocês vão ler titia jornalistando. 



Resumo do texto “Evitando Plágio”, de Ken Kirkpatrick

          No dicionário, a palavra “plágio” vem acompanhada do significado “cópia, mais ou menos disfarçada, de obra alheia” (Dicionário Aurélio). Claramente, o ato de plagiar é apresentar o trabalho de outra pessoa como se fosse seu. Uma das características de um bom escritor é escrever seus próprios textos e, quando for preciso, citar as fontes e referências usadas para basear suas ideias. Toda pessoa que escreve tem um estilo próprio de costurar as palavras, ainda que não perceba. Portanto, é relativamente fácil (para professores, inclusive) reconhecer um texto plagiado, já que esse é repleto de observações e pensamentos que o próprio escritor não produziria.
          Existem várias formas de plagiar o texto alheio, um exemplo é o plágio direto, que consiste em copiar literalmente as palavras e ideias do escritor original. Além desse tipo, há ainda o “mosaico”, em que o plagiador muda poucas palavras sem dar crédito ao autor original. É preciso explicar, porém, que a troca de ideias não é considerada plágio, uma vez que essa é uma fogueira de pensamentos e observações; mas o uso de ideias alheias discutidas nessa conversa (sem dar as devidas referências) é um caso especial de plágio direto.
             A atitude em citar as referências usadas para basear um texto pode ser facilmente colocada em prática por diversas opções. Há a citação, que consiste em citar entre aspas numa frase ou parágrafo à parte a fala de alguém; a paráfrase, que consiste em reformular com suas próprias palavras as ideias do autor original; e o resumo, que assim como a paráfrase, é feito com suas próprias palavras, mas sem se ater intimamente ao texto base.  Esse tipo de decisão, por parte de profissionais de qualidade sérios e respeitados, parte de princípios éticos, e essa atitude sim deve ser plagiada por todos. 

Natália Ponse